quinta-feira, 7 de julho de 2011

A aldeia Maracanã no Núcleo de Artes do ISERJ

Intercâmbios culturais da Aldeia Maracanã com o ISERJ

Em 5 de julho,de 2011, mais um importante passo foi dado para a causa indígena quando a Aldeia Maracanã representada pelas lideranças Chamakiri Apurinã, Urutau Guajajara, Argemiro Mbya e Carlos Tucano reuniram-se com os professores do “Núcleo de Artes” do ISERJ para contribuir com seus saberes na construção do projeto "A Redescoberta do Carioca através das Diferenças", dando continuidade à reunião anterior ocorrida no dia 20 de junho.

A Lei 11.645/2008 das Diretrizes e Bases altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e estabelece as Diretrizes e Bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, como citam seus artigos:

Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)

Naquele dia 20 de junho, os professores no “Núcleo de Artes” do ISERJ deliberaram em reunião um estudo sobre a temática “Carioca”, na perspectiva de pensar o sujeito inserido na sociedade Fluminense, que se relaciona com a cultura e o meio ambiente, ampliando a compreensão dos diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos”.

Um convite deste núcleo do ISERJ, foi feito e os alunos do Curso de Cultura e Língua Tupi-guarani que ocorre no ISERJ em parceria com o CESAC e representantes de várias etnias indígenas pertencentes à Aldeia Maracanã, participaram de um diálogo com os professores de Artes, divulgando a cultura indígena e traçando possibilidades de ações curriculares para o segundo período de 2011, em todos os segmentos do ISERJ, a fim de que essas ações levem toda a comunidade ISERJ a, através do sentimento, a obter novas leituras do jeito de viver carioca, a uma “Redescoberta do carioca através das diferenças” numa revisitação das nossas memórias, em especial a nossa indígena.

Entre os vieses já pensados vislumbramos estudar a arte através dos utensílios como os de argila, máscaras, brinquedos e brincadeiras, e muitas outras, e os indígenas poderão contribuir para a realização desse evento.

Uma poética e mágica avaliação foi traçada pelos presentes ao final das apresentações que culminaram nas ações curriculares.

O que é ser índio

Ser índio é viver o presente nas asas do tempo sem esquecer o passado imemorial. É ter respeito por tudo que é vivo, respeitar a natureza. É ser natureza na espécie humana, é ser vivo. É um jeito de viver próprio, respeitando a natureza, sua cultura, porém respeitando os outros também.

É ser ser como qualquer outro, que procura resgatar e divulgar sua cultura, querendo respeito pela mesma. É ser a própria Terra, a mãe natureza, a liberdade e a harmonia. É ter o desejo de que as diferenças sejam reconhecidas sem juízo de mais ou menos valor, ser humano como os demais, mas com mais sensibilidade para perceber a natureza e suas necessidades.

Realmente, eu confesso que não sei. Não posso me basear naquilo que me disseram que o índio seria. Diante isso, quero descobrir e conhecer a respeito desse povo que ficou a mercê na história brasileira.

Ser índio é ser o exemplo real do respeito à natureza e a vida. É viver sem agredir, sem destruir nosso planeta, nossa casa.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Jogos e brincadeiras indígenas

http://www.unemat.br/pesquisa/coeduc/downloads/livros/jogos_cultura_indigena.pdf

Centro Cultural indígena

O Centro Cultural Indígena está localizado no antigo Museu do Indio
(entrada pela Radial Oeste, portão verde), próximo ao Maracanã. O
primeiro proprietário do imóvel, o Duque de Saxe, em 18 de julho de
1865, doou o espaço à União para transformá-lo num centro de pesquisa
sobre a cultura indígena. O antigo Museu do Índio foi inaugurado em 19
de abril de 1953, mesma data em que Darcy Ribeiro conseguiu criar o
Dia do Índio.

Em setembro de 1984, a União cedeu o imóvel à Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), que, em 1986, deixou-o nas mãos do Ministério
da Agricultura. Atualmente, integrantes do Centro Cultural Indígena,
de várias etnias indígenas, cuidam do espaço, transformando as tardes
de sábado num ponto de cultura dos povos originários, com pinturas
corporais, danças (Toré), comidas típicas, contação de hístórias
nativas brasileiras, entre outras atividades.
O objetivo dessas etnias indígenas é que se cumpra a lei através da
revitalização do espaço, mantendo suas características históricas
visando, com isso, à criação da primeira Universidade Indígena do Rio
de Janeiro para promover educação diferenciada, divulgação de saberes
ancestrais e ensino de história e cultura indígena (segundo os ditames
da Lei nº 11.645/08, de março de 2008).

http://centroculturalindigena.jimdo.com/

Reportagem do canal futura:
http://www.youtube.com/watch?v=Lpp4Gc-mg2U&feature=player_embedded#at=16